A devoção a Santa Teresa, que deu origem à paróquia, surge no contexto da Contrarreforma Católica, movimento empreendido pela Igreja para conter o avanço do protestantismo nascente, através da busca de novos fiéis pelo chamado Novo Mundo, a América. Nesse sentido, foi criada em 1540 a Companhia de Jesus, ordem religiosa surgida através da peregrinação de Inácio de Loyola, um jovem, filho de família cristã da nobreza rural do norte da Espanha, que após ferido em combate, decide mudar de vida e peregrinar até Jerusalém ou, não sendo possível a realização desse desejo, apresentar-se ao papa juntamente com seis companheiros de caminhada, para se colocarem a sua disposição.

Tendo sido a Ordem Religiosa aprovada pelo papa Paulo III, Inácio foi eleito o primeiro Superior Geral da Ordem. Por ocasião das Grandes Navegações, eram aliados na “conquista” de novas terras os reinos católicos de Portugal e Espanha. São então designados diversos padres da referida Ordem – padres jesuítas, para fazerem frente à evangelização dos indígenas. Dessa forma, muitos são enviados para a América Portuguesa, que depois veio a ser denominada Brasil.

Sendo as terras que deram origem a nossa cidade povoada por índios que formavam duas aldeias, para cá foram enviados dois membros da Companhia de Jesus: o padre jesuíta João de Barros, teólogo responsável pela catequese do povo kiriri, a partir do século XVII, principal e mais importante conhecedor do dialeto desse povo, sendo considerado “o apóstolo dos kiriris” e o missionário jesuíta holandês Jacob Roland, que assume junto com o padre, o aldeamento e catequese desse povo nativo, por volta de 1667.

De acordo com relatos orais, a imagem de Santa Teresa aparecia onde hoje temos a secretaria paroquial, (atrás da Igreja Velha) mais precisamente numa árvore, dali era retirada, logo depois era novamente encontrada lá. Assim foi decidido que ali deveria ser construída uma capela em sua devoção. Com o passar do tempo, foi construída a igreja tal como é até os dias de hoje. Ao longo de sua História, a paróquia teve inúmeros padres e nem sempre fez parte da Diocese de Paulo Afonso, até 1971 pertencia a Diocese Senhor do Bonfim.

Nos anos 60 do século passado, as autoridades políticas e eclesiásticas, acharam por bem construir uma nova igreja, também no centro da cidade, que foi chamada de Nova Matriz de Santa Teresa. Essa teve seu acabamento realizado através das campanhas realizadas pelo padre da época, o padre Emílio Ferreira Sobrinho.